A franquia é antes de tudo um modelo de negócio que deu certo – afinal, ela já foi testada pelo menos uma vez e teve resultados satisfatórios para que quisessem abrir outras unidades daquela marca. É por isso que o sistema é um sucesso e muitas pessoas desejam abrir uma franquia na hora de empreender.
“Quando o negócio é novo, você ainda precisa testar. Na franquia, já existe um produto que foi aceito, com valor especificado e um público-alvo definido”, afirma Davi Jeronimo, consultor de negócios do Sebrae. Com isso, ele diz, o risco de abrir um negócio assim é menor do que começar uma marca própria.
“Quando você compra uma franquia, pula praticamente 80% das etapas do mercado”, diz o consultor.
Dentro do setor, Jeronimo cita alguns tipos de franquia que fazem mais sucesso: as áreas de estética e alimentação. “Hoje em dia, especialmente em estética, os clientes são muito mais atraídos pelo nome da marca do que pelo profissional em si”, afirma. A marca já consolidada no mercado também é um fator – o cliente gosta de consumir aquilo em que confia.
Outro ponto é a localização, já que muitas franquias têm um trabalho de geomarketing para identificar quais são os melhores pontos para abrir uma nova loja.
Perfil de franqueado
O profissional que vai abrir uma franquia é aquele que, provavelmente, quer um atalho no mercado. “Ele já sabe que busca uma marca bem definida. É um empresário que sabe mais o que esperar e onde quer chegar”, diz Jeronimo. O candidato a franqueado também pode ter mais capital disponível e vontade de investir em um negócio sólido.
O franqueador deve definir exatamente o perfil de franqueado que deseja. “Existem franquias que fazem testes exaustivos com o candidato antes de fechar negócio. O franqueado ainda passa por treinamento depois. Ele não vai ser apenas mais um”, diz o consultor.
Mas atenção: abrir uma franquia não significa ter um negócio livre de riscos. Ainda é preciso fazer pesquisas para entender se aquela marca faz sucesso no mercado, se os franqueados estão satisfeitos e se o franqueador dá todo o suporte. Caso a franquia só se interesse em vender a unidade sem dar apoio ao franqueado, torna-se uma cilada.
E, sem dar suporte, a franqueadora também causa prejuízo à própria marca. “Ela tem que ser fiel àquilo que está vendendo ao empresário”, diz o consultor. “Quanto maior o apoio entre franqueador e franqueado, maior é a chance de um negócio de sucesso”.